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Mais do que nossa vontade

Atualizado: 28 de set. de 2021

"Não vou deixar de consumir algo que eu gosto tanto"


Se você tem R$1.000,00, sua conta de água é R$400,00, a conta de luz é de R$400,00 e a conta do mercado é de R$300,00, seu gasto excede o que você tem. Você precisa de R$1.100,00 para contas básicas, mas você só tem R$1.000,00, e não existe qualquer forma de você conseguir mais dinheiro.


O que você faz?


Provavelmente você vai buscar formas de economizar na água, na luz e no mercado, para que os R$1.000,00 sejam suficientes, ou até para sobrar alguma coisinha para emergências.

Isso seria o que uma pessoa sensata e com o pensamento lógico faria.


Entretanto, quando falamos de dinheiro, nossas contas bancárias nos permite ficar no negativo. Tudo o que temos que fazer é pagar depois, com algum juros. Entretanto, não é possível fazer isso com tudo.


Se você tem 1kg de arroz, e precisa de 1,5kg para alguma receita, você vai diminuir todos os outros ingredientes, para que o 1kg seja suficiente. Se você tem 10 bolachas e 20 crianças, não vai ser possível dar 1 bolacha para cada criança. Não tem como ter bolachas negativas.


Li em algum livro há algum tempo atrás (tanto tempo que não lembro mais o nome do livro), mas que dizia a abundância que mostramos para nossos filhos é ilusória, não existe, e é muito perigosa. As pessoas querem, querem, e querem um pouco mais. Uma mesa, um armário, uma tv, um celular, mais um celular para emergências e outra tv para o quarto. Só mais uma tv para a cozinha e mais um ponto de internet para cada ambiente da casa. Se posso ter mais, por que não?


Mas será que você pode ter mais? Não digo financeiramente. Mas será que a quantidade de arroz dá para a receita? Ou será que precisarão pegar do vizinho? Mas e a receita do vizinho?


Algumas vezes, nosso consumo vai muito além da nossa vontade, dos nossos gostos. Precisamos saber se aquilo é plausível de consumo.


Mas por que esse texto? Vão haver outros textos para explicar melhor! Mas o foco é: precisamos urgentemente diminuir, ou parar, o nosso consumo de carne (principalmente de peixe!) e derivados de animais. Estamos muito mais do que pegando arroz do vizinho, estamos destruindo a casa dele para ficar com o arroz.



 
 
 

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